segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Resenha: O Elefante Entalado



   De olhar e imaginar! De ver um elefante entalado na janela de um prédio e mais ninguém acreditar!

   O Elefante Entalado surge como fábula urbana, mas consolidou-se aqui, quando lemos pela primeira vez e depois, na roda de leitura do Jardim como "uma história de amizade com a imaginação"
   Vamos falar bastante dele, futuramente quando estrearmos a Roda do Livro. Surgiu muita coisa linda, e até um concurso de Selfies.



Eu, o Neco e a Nanda fomos os primeiros leitores, quando o livro ainda nem tinha sido publicado.
Demos palpites, porque adoramos palpitar e nos emocionamos quando o livro chegou aqui, assim, com ilustrações, prontinho e lindo.

O Neco monopolizou o livro assim que chegou, e achou, que mesmo tendo lido a história antes, a sensação foi diferente. Acho que ele ainda vai redescobrir muitos livros. Ele não se conforma dos amigos do Luís (o menino que mora no apartamento que o elefante fica entalado) não acreditarem nele, porque seus amigos, mesmo os virtuais valem ouro, e estão sempre prontos pra ajudar.
Que sorte tem meu filho!


A Nanda, que adora elefantes (já postei sobre outro livro que ela adora) percebeu na história coisas que não chamaram a atenção do Neco, como o sonho do elefante, o que nos levou a pesquisar toda sua simbologia. Agora, ela sai por aí falando do pesado amigo das nuvens, e contando mil causos.







O que eu acho do livro? Gostei muito do enredo, dos personagens, acho que os moradores do prédio, onde a história se passa representam bem os diferentes tipos de pessoas e quando cheguei ao apartamento do senhor cego me senti em casa, um lugar adoravelmente comum na literatura feita pelo Alonso.
Eu acho fantástica sua imaginação, aquela que liga as coisas, que coloca num mesmo livro um pouco de Arquimedes e um pouco de Mozart  e que torna tudo isso simples a ponto de fazer uma criança descomplicar depois.
Conversar sobre a solidão em tempos de mais de 1000 amigos no Facebook, e sobre a necessidade que as pessoas tem expor a vida, rendeu muito pano pra manga aqui no Jardim.
Pesquisar a simbologia dos elefantes em outra cultura, foi mágico, como o final do livro.
Ouvir Mozart, em determinado momento, é explicar sem palavras que alguns são mais sensíveis aos nossos sonhos e vontades, e  que não são todos que vão nos estender a mão ao longo da nossa jornada, mas que se caminharmos sobre nuvens de imaginação e bem querer, os amigos de verdade nos acompanharão.